quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Queria-te

Queria-te oferecer um cravo, mas só trago uma rosa Os dias são contados de forma lenta e dolorosa Ideias baralhadas de uma forma requintada Saudade de suaves toques numa noite divorciada Versos únicos como impressões digitais Mil e dois poemas, todos diferentes, todos iguais Sinto que a minha própria liberdade é uma prisão Porque quando olho e tu não estás o dia parece em vão Se pensas que não me faz diferença.. estás enganada Cada linha nesta letra sem ti.. não vale nada Porque mais que inspiração, és atenção e ternura Presença que me acalma, luz que brilha numa rua escura Tecla no piano.. que me soa tão bem Como te conheço a ti.. não conheço ninguém Basta uma miragem e já consigo acreditar A tua presença deixa-me com o olhar a brilhar Todo o calor recebido mais parece um vento frio Só de pensar no teu olhar o que sinto é um arrepio Eu nunca disse adeus, mas já te vi partir Eu já te fiz chorar, mas quero-te ver a sorrir Quando pensares que não queres voltar Fecha os olhos, ouve-me a cantar Eu sou a voz que te faz brilhar Sou a vontade de continuar É imenso.. o tempo que passou por mim É intenso.. aquilo que contigo vivi As cortinas são as grades e o meu quarto a prisão O branco do tecto é prenúncio de solidão És mais que cor intensa que me ofusca ao acordar Positivo e negativo que põe o mundo a girar Eu não acredito em Deus, mas acredito em ti Porque quando precisei não foi a Ele que o ouvi Foste sempre tu a voz que estava lá para mim Foste e és o motivo que me faz escrever assim Hoje tudo é diferente, sente, mas nada mudou Tu estás lá, eu estou cá, mas o sentimento ficou A ânsia de uma mensagem ou um toque de madrugada Experiência marca vivência de cada noite bem passada Tenho a agenda preenchida de encontros com a almofada Roupa escolhida a dedo numa viagem marcada Como nocturno assumido, vejo o sol a metade Sinto o aperto no peito pela coragem que me invade E ao contrário do que parece isto não é uma despedida É só mais uma página do livro da minha vida

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