terça-feira, 22 de outubro de 2013

Esta é a vida dum maluco

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
Tou preparado para quando o meu dia chegar,
Eu não me preocupar,
O meu som vai tar a bombar.

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
É mais um dia, um negócio, uma jogada,
Policia, cadeia, uma mão cheia de nada.

Concentro-me, deparo-me com o espírito, eu raciocino,
Ataco todo o tipo de sino,
Que eu tou ciente da mentira que a minha volta gira,
E cheio de inocentes da unha comprida,
Tou para entender, todos querem ir pró céu,
Mas ninguém quer morrer, dá para combater,
Eu sem medo enfrento esse jogo,
E sem receio dou a cara pelo meu povo,
Porque amigos de abraço são reconhecidos,
Enfermeiros, maluqueiras, estrilhos,
Não é com duas tretas que seja a dignidade,
Eu vou-te abraçar como um bro de verdade,
Neste mundo eu não quero foder ninguém,
Só quero sobreviver num mundo que só te fodem,
Olho o mimo, ciente no que te digo,
Tás na boa, és um alvo abatido,
A vingança que transporto desde criança,
É a conclusão de ter nascido na matança, avança,
Estar na volta da pobreza, em autodefesa,
Vencemos, quando eu penso que aconteça,
E ao longe a morte nos espera,
Mas que seja menos um peso para sair da miséria,
Compreende que a nossa serenidade,
Se tomos fumos eu abuso da confiança, falsidade
Traquino, rei-rodes, guna
Uma mão no estrondo, um braço na barafunda
Ciente no que te faço, e no que sou,
Se assim nasci um sabor me tornou revoltado, claro ó mano,
Só me quiseram foder, caralho,
Mas eu tou na boa, dás um pico, dou uma murta, é um rap,
E alguém que o curta.

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
Tou preparado para quando o meu dia chegar,
Eu não me preocupar,
O meu som vai tar a bombar.

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
É mais um dia, um negócio, uma jogada,
Policia, cadeia, uma mão cheia de nada.

É um em pique, só falta um pequeno pás duas,
Vou dar o baza de casa, ver o que passa nas ruas,
É mais um dia, agradeço por estar vivo,
O tempo que me proteja e proteja os que estão comigo,
Eu sei que rua é perigo, e o tempo parece curto,
E a falta de dinheiro deixa qualquer um maluco,
Não se trata de estatuto, causa é delinquência,
E tanta concorrência só gera mais violência,
Manos contra manos, chibos que se fazem de amigos,
E aos olhos da bófia nós somos todos bandidos,
E putos crescem e conhecem a carência,
E para esses parece que só o crime compensa,
E hoje é dia de audiência a plateia tá cheia,
Do lado do advogado do outra lado da cadeia,
E vi uma vez eu juro, mas já é paleio gasto,
Parece que aqui o futuro é só esconder cadastro,
Obrigados a ceder, para aqui parece sina,
Um gajo a aprender aquilo que a rua ensina,
Pós manos mais novos, mantenham a vista fina,
Cuidado com a bófia, ela anda em qualquer esquina,
É o de sempre, a droga tá sempre presente,
Ela mata e alimenta ao mesmo tempo a nossa gente,
Também quero um carro potente, no jogo tou na jogada,
Quero uma magnum prateada pronta para qualquer fézada.

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
Tou preparado para quando o meu dia chegar,
Eu não me preocupar,
O meu som vai tar a bombar.

Esta é a vida dum maluco como eu,
O som é nosso, o mundo é teu,
É mais um dia, um negócio, uma jogada,
Policia, cadeia, uma mão cheia de nada.

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