domingo, 20 de abril de 2014
Quando a vida
Quando a vida te obriga a seres tu próprio,
Fechado numa rua procurando uma saída,
Aí percebes que não há relógio
Capaz de te mostrar o que te resta desta vida.
Fecha a cortina e vai,
Sai da rotina e foge,
Abre essa porta e sai,
Tenta não sonhar hoje.
Ojuara:
É que eu descobri o homem que os meus sonhos filmou
Passei por merdas que nenhum dos vossos sonhos sonhou
Contudo, há sonhos que se entranham, parecem tão reais
Que quando te encontras neles, tu não queres acordar mais
Só acontece de mês a mês,
Mas por vezes eu levento-me e acordo de vez
E quando me vês, sou eu de carne e osso
A parede nas tuas costas e a boca no teu pescoço
Sou moço? Podes crer, mas quem treme não sou eu
Eu ando descalço na terra para te levar ao céu
Já levei com gargalhadas, bocas mal educadas
Bem altas de saltos altos as miúdas desmamadas
Sabes dessas fezadas? O que eu aproveitei
Foi um par de lições que fizeram de mim eu rei
Já sei que ninguém errou e todos me podem julgar
Sou perfeito aos olhos de quem está farto de me ver errar
Refrão:
Quando a vida te obriga a seres tu próprio,
Fechado numa rua procurando uma saída,
Aí percebes que não há relógio
Capaz de te mostrar o que te resta desta vida.
Fecha a cortina e vai,
Sai da rotina e foge,
Abre essa porta e sai,
Tenta não sonhar hoje.
Se a vida está cheia de sonhos, eu decidi-me deitar
Dormir eternamente para ter tempo de os realizar
Dão-te mais que justificações para tu acordares
E quando acordas o sono volta e obriga-te a deitares-te
Na mesma almofada que te viu a iludires-te
No mesmo quarto onde tu nunca exististe
Só viste um palhaço triste com um disfarçe
Em que o único sorriso visto, era pintado a guache
Embora eu ache, que chegaste a tempo de mudar
Há coisas no teu passado impossíveis de apagar
Não temos isto como um incentivo para fazer melhor
Porque a imagem que formaste é a imagem de um perdedor
E o pior, é que mesmo que mudes, não vale a pena
Porque a tua vontade é grande mas a vida é pequena
E não adianta gastares o teu tempo a tentar mudá-la
Pois é com loucuras e erros que deves aproveitá-la.
Quando a vida te obriga a seres tu próprio,
Fechado numa rua procurando uma saída,
Aí percebes que não há relógio
Capaz de te mostrar o que te resta desta vida.
Fecha a cortina e vai,
Sai da rotina e foge,
Abre essa porta e sai,
Tenta não sonhar hoje.
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