As ervas brilhantes, verdes e vivas,
Dobradas pela vontade do vento,
Tão sós e singelas, mas tão altivas,
Fazem da terra podre seu sustento
E vivem orgulhosas que nem divas.
Dobradas pela vontade do vento,
Tão sós e singelas, mas tão altivas,
Fazem da terra podre seu sustento
E vivem orgulhosas que nem divas.
Já eu, neste pranto que não desiste,
Que tenho saúde, próspera vida
(Uma certa amargura em mim existe),
Tecto, cama, boa roupa e comida,
Sem razão aparente vivo triste.
Mas as singelas ervinhas do chão,
No que toca ao sentir, são menos quentes:
Se murcho sem aparente razão,
É porque essas tais razões aparentes
São as mil lágrimas do coração!
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