A vida é um reino onde brincamos.
Onde nós somos réis e rainhas, príncipes e princesas
das nossas próprias histórias.
Criamos sempre o épico final feliz, mas nem sempre ele
coincide com aquilo que depois acontece.
Podemos por muitas vezes, ser atropelados pelas
palavras soltas desta grande história.
A determinada altura começamos a descarrilar e a
escrever por linhas tortas, e a trama vai-se moldando.
Deixa de ser uma história encantada e passe a ser um
arrepiante triller psicológico, cujas nossas personagens, estão presas
numa sala de pânico.
Aqui não há finais felizes, não há passado, presente
ou futuro. Deixa tudo de fazer sentido.
o que antes era um conto de embalar é agora um
pesadelo. Presos no fundo da escuridão, prestamos atenção ao silêncio e à
força da sua dor. O seu impacto causa-nos sequelas, deixa-nos loucos, perdidos
no tempo real da razão.
E se estivermos todos condenados a esta
história?
Não, não estamos. Há pessoas que possuiem consigo a
chave da felicidade e escrevem, por linhas certas, o típico final feliz.
há outras, que carregam consigo um enorme livro de
páginas brancas, onde o futuro é incerto e penoso, cheio de surpresas boas e más onde
o tudo e o nada se juntam, e criam o acontecimento. Esse livro é a Vida.
Carregamos connosco uma história, que preenche todas
as páginas de um livro.
Sem mais nada a escrever, a dizer ou a fazer, preencho assim a última
página deste caderno de sonhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário