quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Memórias de um Sonho





Cansado, deixei-me adormecer.

Sonhara com o dia em que te conheci, aquele em que não nos conhecíamos, aquele cujo ainda não estava “marcado”.

Esta pré-destinação dos acontecimentos, levou-me até ti, de uma forma ou de outra.

Se me perguntares se acredito que foi o destino que fez com que isto acontecesse, eu respondo-te “Sim, acredito!”. O que mais pode ser?  Como se explica, o facto de nos apaixonarmos por alguém que nem sequer conhecemos?

Existem mais interrogações, do que respostas concretas.

Este sonho, trouxera-me a lembrança de tempos em que a dor, existia apenas de um modo ténue.

Lembranças do meu olhar a percorrer a tua silhueta, tentar encontrar a tua alma por de trás da tua figura, tentar perceber quem eras…

Foi tudo tão rápido, que a informação que chegava ao meu cérebro não tinha tempo de ser processada. Foi como se a sinapse, de repente se ligasse ao meu coração, e a única coisa que despertava em mim era apenas um sentimento: Paixão!

O teu vulto misterioso, despertava em mim uma atracção embora ainda nem soubesse que a sentia. Estavas a sorrir. Como o teu sorriso era perfeito. Quase que como mágico. Observava-te de longe, atentamente e discretamente.

Aliás foi assim que procedi, um série de meses, até ter coragem de te enfrentar, e de te dizer um “olá” pela primeira vez.

Focado em ti, tudo ao meu redor parecia ecoar pela minha cabeça…

Nada mais era importante, a não seres tu.

Estas memórias mais nada eram o íncio de um sonho dentro de um outro sonho. Sonho esse que mais tarde se tornou num pesadelo. Lembrara me agora de todos os maus momentos que tivera passado. Agitava-me na cama compulsivamente, enquanto sonhava. Tinhas desaparecido…


O vento levara consigo todas as recordações, memórias, tudo o que estivesse ligado a ti… por estranho que pareça sentia-me em paz…mas ao mesmo tempo, um vazio tomou conta do meu coração. Estava perdido!
Angustiado, acordei… senti as lágrimas percorrerem me o rosto, pois sabia que esse sonho, era mais nada do que a dura realidade que estava prestes a chegar…
 

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