quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Um resto do nada


Um dia escrevi num pregaminho, uma carta, dirigida a uma identidade desconhecida, com um remetente desconhecido, cm um destino não perceptívêl.
Decidi colocá-la no Mar, e então o pergaminho, embutido numa garrafa de vidro, viajou sem rumo a um lugar algures nos confins do Mundo. Talvez ela fosse parar ás tuas mão, trazida pelas ondas, que consomem o teu odor como uma chama viva repleta de paixão. Um dia encontraste um pedaço de pergaminho molhado, junto a uma rocha, constava apenas uma palavra no resto do pergaminho «Amo-te»!

A tinta perdurara através daquele longo oceano, e até mesmo as mais ferozes tempestades que este enfrentara.

Quem sabe se o amor contido neste pedaço de nada, mas coberto por tudo, não nos trará o Amor Eterno?

Os trovões que se fizeram sentir eclipsaram-se com um novo Pôr-do-sol, que trazia consigo mais uma réstia de esperança.

Sem comentários:

Enviar um comentário