terça-feira, 14 de agosto de 2012

Os prémios e louvores, quanto valem?

Os prémios e louvores, quanto valem?
Quão amado um poeta tem de ser
Para poeta se poder dizer?
Quanta sorte é mal repartida?… Calem

Os que em tumulto mental dizem, balem,
Que de louvor e alvor a resplender
Se fazem os poetas com saber!
Eu sei que é de mais pedir que se ralem,

Por isso este meu ai tem fundamento.
Sofre um glorioso que não tem glória;
Inútil, o moinho sem o vento.

Não pede sucesso, merece memória
Um poeta que vive em seu tormento.
De poetas não lidos vive a história.

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